Como diferenciar a prata da alpaca
A prata é um dos metais mais valorizados no mercado, sendo utilizado especialmente na elaboração de joias e talheres, o que se dá em razão de sua durabilidade e qualidade. Além da prata, existem outros metais com aparência semelhante e cor prateada, como é o caso a alpaca, que também pode ser utilizada para a elaboração de objetos, ainda que de qualidade inferior e preço também reduzido. Em razão das semelhanças entre ambos metais, em muitas ocasiões compramos peças feitas em alpaca como se fossem de prata, levando para casa um produto feito com um material barato e com atributos distintos. Visando saber exatamente o que estamos adquirindo, é bastante importante aprendermos suas diferenças antes de adquirirmos um produto dito de prata.
Para não ser enganado, leia esse artigo do umCOMO que te explicamos como diferenciar a prata da alpaca observando alguns detalhes.
O que é prata?
A prata é um metal puro[1] encontrado na natureza e adquirido através da mineração[2], sendo mais dura que o ouro e tendo aspecto branco e brilhante[1]. Além de não ser um metal tão facilmente encontrado na natureza, a prata tem um alto valor no mercado em razão de sua qualidade, o que se dá por ser esse um metal que não oxida em contato com o ar[1], ou seja, é uma material que não enferruja.
Quando usado para a produção de jóias e outros objetos, a prata é utilizada misturada a outros metais, de forma que a maior proporção desse metais secundários dirá a qualidade da prata. A prata 999, que indica que a peça é elaborada com 99% de prata é a de melhor qualidade que podemos encontrar. Com uma cor brilhante e limpa, quase semelhante ao branco, essas peças costumam ser marcadas com o número que indica a sua pureza. Também podemos encontrar a 950 ou 925, muito popular no mercado.
A denominação 800/100 também é considerada prata genuína, no entanto, qualquer outra denominação abaixo deste número já não é considerada prata de qualidade. Um dos motivos pelos quais a prata perde qualidade quando misturada a outros metais é que tais metais são sempre de qualidade inferior e capazes de enferrujar, de forma que a durabilidade das peças produzidas com esse tipo de material será inferior à daquelas com prata quase pura.
Apesar de não enferrujar, a prata pode acabar ficando suja com o tempo. Para aprender a limpar seus objetos, veja também como limpar prata.
O que é alpaca?
A alpaca é um metal, entretanto, ao contrário da prata, é uma liga, o que significa que o material é composto por uma mistura de metais distintos e que não poderá ser encontrada na tabela periódica. Para compor o metal alpaca, é necessário realizar a mistura de cobra, zinco e níquel[3], ou seja, não é possível encontrar alpaca na natureza, sendo necessário produzi-la artificialmente com aparato próprio.
Pode-se dizer que, em razão da resistência, baixo preço de custo e cor prateada do material, a história do metal alpaca seja que essa liga foi criada e segue sendo produzida justamente para substituir a prata. Além dos casos no qual o material serve como substituto, por vezes encontramos objetos ditos de prata mas que na verdade são apenas banhados com o material e seu interior é composto por metais menos valiosos, dentre os quais muito comumente encontramos a alpaca.
Caso você tiver objetos de alpaca, o recomendável é que confira como mantê-los bem cuidados, aumentando assim sua vida útil e evitando que enferrujem. Para saber como limpar o material, veja como limpar alpaca.
Como diferenciar prata e alpaca
Como já vimos, é bastante comum que confundamos prata e alpaca em razão da aparência de ambos metais, entretanto, sabia que, além disso, também existem diferenças entre ambas que são essenciais de se saber para conseguirmos diferenciá-las.
Uma diferença bastante fácil de se perceber para diferenciar a prata da alpaca é sentir o peso da peça. A prata é um metal pesado se comparado com outros de menor qualidade, como a alpaca ou o cobre, que costumam ser bastante leves. Portanto, se o que deseja comprar é muito leve, certamente não se trata de prata. A dica é válida apenas para objeto grandes como talheres, afinal, no caso de jóias pequenas como brincos, o peso é muito pequeno para que consigamos perceber.
As siglas são outro sinal importante. Se você encontrar um objeto com S.S., saiba que essa é uma marca presente em peças confeccionadas em prata, enquanto que as que têm apenas um banho de prata e podem ter sido elaboradas com materiais baratos, como a alpaca, têm as siglas S.P.
A cor da alpaca, semelhante ao aço, é outro sinal que revela este material sobre a prata. A prata 950 e 925 conta com um aspecto muito brilhante e chamativo, em um tom quase branco. Por outro lado, a prata 800 é de um tom brilhante, mas mais amarelada. De qualquer maneira, a aparência é muito diferente de uma imitação de alpaca, que é mais amarelada[1].
Caso ainda tenha dúvidas, mesmo após a identificação desses sinais, o melhor é usar um ímã. A prata de qualidade não irá aderir ao ímã como outros metais baratos. Assim, você conseguirá solucionar as dúvidas rapidamente.
Além disso, recomendamos nunca adquirir objetos de grande valor elaborados supostamente, em prata, sem estar completamente seguro de que se trata desse material, devendo ser aconselhável contar com a avaliação de um especialista no assunto. Caso você já tenha adquirido um objeto há bastante tempo e estiver com dúvidas em relação à sua composição, é válido dizer que ao contrário da prata, a alpaca enferruja, ou seja, marcas de ferrugem serão sinal de que o produto foi vendido de forma indevida.
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- RICK, C. F. Estudo da liga à base de Zn-Al-Cu-Mg aplicada na fabricação de jóias folhadas. Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006. Disponível em: http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/3233/1/383030.pdf. Acesso em: 28/10/2020.
- ROJAS, C. E. B.; NARTINS, A. H. Reciclagem de sucata de jóias para a recuperação hidrometalúrgica de ouro e prata. Revista Escola de Minas, Vol. 63, Nº 2, p. 315-323, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rem/v63n2/remv63n2a16.pdf. Acesso em: 28/10/2020.
- ROGERO, S. O.; SAIKI, M.; COSTA, I. Citotoxicidade de ligas metálicas utilizadas como biomateriais. Congresso Latina Americano de Corrosão, Fortaleza, 2006. Disponível em: https://www.ipen.br/biblioteca/2006/eventos/15462.pdf. Acesso em: 28/10/2020.