Jogos de cartas para duas pessoas
Não se sabe ao certo como surgiu o baralho, a principal ferramenta dos jogos de cartas. Historiadores levantam hipóteses de que as cartas teriam chegado em terras europeias entre os séculos XIV e XV por influência árabe ou chinesa.
Atualmente, os principais jogos são feitos com baralhos de 32 ou 52 cartas, dividas em quatro naipes: paus, copas, ouro e espadas. Uma vez que baralhos são baratos e acessíveis, diversos jogos de baralho se tornaram muito populares ao longo dos anos, e podem ser jogados em grupos grandes ou até mesmo sozinho(a). Neste artigo do umCOMO iremos sugerir algumas ideias de jogos de cartas para duas pessoas.
Como jogar burro com baralho
As regras do burro funcionam da seguinte forma:
- Os participantes de uma partida irão receber 5 cartas cada - as demais cartas deverão ser empilhadas no centro da mesa;
- O jogador que não distribuiu as cartas começa o jogo;
- O outro jogador tem que jogar uma carta do mesmo naipe (paus, copas, ouro ou espadas). Caso não tenha, é preciso comprar da pilha do centro da mesa;
- Quem jogar a carta mais valiosa tem direito de fazer a próxima jogada;
- O jogo termina quando um dos jogadores não tiver mais cartas à mão.
De certa forma, o burro se assemelha muito ao jogo Uno. Confira nosso artigo sobre como jogar Uno.
Como jogar canastra
Também chamada popularmente de biriba ou buraco, a depender da região do país, a canastra é um jogo de baralho muito divertido.
No nosso outro artigo sobre jogos com cartas você encontra todas as regras e como jogar buraco.
Jogo de baralho crapô
Qual o objetivo do crapô? Ficar com as mãos livres de cartas o mais rápido possível! Você vai precisar de dois jogadores e de dois baralhos de 52 cartas cada para jogar uma partida de crapô. Vamos as regras conforme o estabelecido pelos estudiosos da Universidade dos Açores[1]:
- Inicialmente misturam-se os dois baralhos e distribuem-se as cartas, uma a uma pelos dois jogadores;
- Cada um deve voltar a embaralhar as cartas, “parti-las” e formar o seu monte crapô que é constituído por treze cartas;
- A última carta fica virada para cima;
- O jogador que tiver a carta mais baixa, sobre o crapô, inicia o jogo;
- No caso de as cartas terem o mesmo valor, a décima quarta carta vai decidir quem começa;
- Em seguida, coloca-se essa carta no meio do monte;
- O monte do crapô será colocado à esquerda, enquanto o monte principal ficará à frente do jogador;
- A partir deste momento, cada um dos montes passa a ser designado, respectivamente, de crapô e monte;
- Em seguida, cada um dos jogadores coloca quatro cartas sobre a mesa, à sua esquerda e alinhadas na vertical, formando desta forma duas colunas laterais e paralelas entre si;
- Entre essas duas colunas deve ficar um espaço (de duas cartas), onde vão ficar as pilhas dos Ases, que são 8 na totalidade;
- As cartas só podem entrar no jogo exposto, ou seja, nas colunas, em sequência descendente de cor de naipe alternada;
- As cartas devem ser dispostas de forma a que a carta que fique por cima cubra apenas metade da carta anterior;
- As pilhas dos Ases têm como base um Ás e sobre qualquer um desses Ases pode colocar-se um 2, depois um 3 e assim sucessivamente até ao rei, mas sempre do mesmo naipe;
- Estas cartas não poderão ser removidas até ao final do jogo;
- Não é obrigatório colocar na mesa uma carta que tenha entrado no jogo exposto;
- Primeiro utilizam-se as cartas do monte crapô e só depois destas se esgotarem é que se podem utilizar as do monte reverso, para preencher as casas vazias;
- As cartas das extremidades podem deslocar-se para as casas abertas, ou para outras filas desde que se forme uma sequência descendente de cor diferente;
- Quando se abre uma casa pode manipular-se um par de cartas expostas;
- Carrega-se, batendo o monte reverso ou o crapô do adversário com uma carta do mesmo naipe imediatamente inferior ou superior à carta exposta que se bate;
- Um crapô só pode ser carregado se o jogador a quem pertence já o tiver utilizado;
- Só se houver uma casa aberta é que podem entrar cartas para a mesa, exceto se for um Ás ou se se tratar de uma carta que entre na sequência dos montes dos Ases;
- Antes de cada jogada, o jogador pode mover a carta destapada do seu monte;
- Quando as cartas do monte acabam, volta-se o monte reverso e o processo inicial recomeça;
- O jogo termina quando um dos jogadores ficar sem cartas ou quando ambos decidirem que o jogo está empatado.
Peixinho
Ao jogar peixinho busca-se agrupar 4 cartas de naipes distintos, mas de mesmo valor. Para isso, é preciso um baralho de 52 cartas. Vamos as regras desse jogo de cartas para jogar a dois:
- 7 cartas são distribuídas para cada jogador e as demais ficam num monte no centro;
- O jogador A pede ao jogador B uma carta de determinado valor (é importante que o jogador A tenha uma carta com o valor solicitado em mãos);
- O jogador B deve entregar todas as cartas que tiver no valor pedido pelo jogador A. Caso não tenha, é dever do jogador B pedir ao jogador A para "pescar" uma nova carta do monte;
- O jogador que tiver em mãos 4 cartas do mesmo valor e de diferentes naipes deve gritar "peixinho!";
- A partida termina quando já tiverem sido formados os grupos de peixinhos e não houver mais cartas para "pescar".
Jogo de guerra com cartas
Entre as opções de jogos com cartas para duas pessoas, sem dúvida guerra é um dos mais divertidos. Confira:
- Um dos jogadores fica responsável por embaralhar as cartas e distribuí-las igualmente para ambos os jogadores, de forma alternada;
- Ambos os jogadores colocam suas cartas viradas para baixo e, ao mesmo tempo, escolhem uma aleatoriamente. O jogador que tiver a carta mais valiosa leva a carta do adversário;
- O jogo prossegue até que o jogador que tiver mais cartas na mão vença.
Esperamos que você divirta-se com esses jogos de cartas para dois.
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- PACHECO, Nádia; FELICIANO, Raquel. Catálogo de Atividades e de Jogos com Cartas. 2013. Disponível em: <http://sites.uac.pt/mea/files/2014/01/am-13-14-13A.pdf>. Acesso em 27 de julho de 2021.
- SOARES, Kamyla Lemes. A iconografia das cartas de baralho. Projetica, v. 7, n. 1, p. 25-36, 2016. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/projetica/article/view/21134>. Acesso em 27 de julho de 2021.